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JULHO VERDE ALERTA PARA A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

Postado em 26/07/2022 por

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“Falta da vacinação contra o HPV e sexo oral sem proteção, podem ser responsáveis pelo aumento dos casos de câncer de cabeça e pescoço em jovens a partir dos 30 anos”, diz especialista.

Data 25.07.2022 – Segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA, para este ano de 2022, dos cerca de 625 mil novos casos de câncer, são estimados 36.620 mil novos somente na cavidade oral, laringe e tireoide – que inclui as regiões onde são diagnosticados os cânceres de cabeça e pescoço – sendo 19.480 em homens (segunda causa de câncer, ficando atrás apenas dos tumores de Próstata) e 17.140 em mulheres, também um número alarmante quanto nos homens.

O cirurgião oncológico, Marco Antonio Cortelazzo, membro da Associação Brusquense de Medicina – ABM, explica que este tipo de câncer engloba estruturas como, lábio, boca, gengivas, bochechas, palato duro e mole, amigdalas, laringe (cordas vocais), faringe, traqueia, tireoide, paratireoides, glândulas salivares, cavidade nasal, seios paranasais, entre outras, além da pele que reveste essa região da cabeça e pescoço, evidentemente.

Preocupados em orientar a população, a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço – SBCCP instituiu, assim como o mundo todo, o ”Julho Verde” como o mês de conscientização e o dia 27 de julho, como dia Mundial de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, tendo como pauta principal a discussão sobre prevenção e detecção precoce desses tumores.

“É importante ficar atendo a alguns sinais, principalmente se eles não desaparecem em cerca de duas semanas, como aparecimento de qualquer nódulo (bolinha, íngua ou caroço) no pescoço, atrás da orelha ou outra região da Cabeça e Pescoço (CP); manchas brancas ou avermelhadas visíveis na boca e lábios; feridas (na pele ou mucosas) que não cicatrizam; dor na boca, garganta ou outra região da cabeça e pescoço que não melhora; dificuldade ou dor para engolir; alterações na voz ou rouquidão ou mau hálito persistente, sem patologias dentárias”, lembra o médico.

INCIDÊNCIA EM JOVENS
Ainda segundo o especialista, em geral, o CACP ocorre a partir dos 60 anos de idade, mas um dado alarmante é que, com o aumento do HPV, tem aumentado os casos de câncer em jovens a partir dos 30 anos. Isso, provavelmente, devido a não realização da vacina contra o HPV e à prática do sexo oral sem proteção.

Geralmente, as principais causas do CACP estão ligadas ao tabagismo, alcoolismo, HPV (Papiloma Vírus Humano); radiação solar, radioterapia prévia (na região da CP ou próximo a ela); má higiene oral; próteses mal adaptadas provocando feridas que não saram; obesidade; exposição hormonal; bebidas muito quentes, como chimarrão e exposição a alguns poluentes como: pó de madeira, produtos químicos utilizados na metalurgia, petróleo, plásticos, indústrias têxteis e o amianto.

DIAGNOSTICO PRECOCE
Quando diagnosticado no início, as chances de cura são acima de 80/90%, podendo chegar a 100% nos tumores muito iniciais. Já se diagnosticado em estágios avançados, como ocorre no Brasil, essa chance diminui muito e, geralmente, ocorrem tratamentos mutilantes, deformantes e com efeitos nocivos a outros órgãos.

O cirurgião oncológico Marco Antonio Cortelazzo, descreve como principais fatores o “não fumar, ativa ou passivamente, qualquer tipo de tabaco, inclusive os cigarros eletrônicos e o Narguilé; não consumir bebidas alcoólicas; não praticar sexo oral sem proteção, principalmente, se for com múltiplos parceiros, além de fazer a vacina do HPV que tem no SUS para meninos, de 11 a 14 anos de idade, e meninas, de nove a 14 anos, bem como para homens e mulheres imunossuprimidos, dos nove aos 45 anos. Em outras faixas etárias, é importante conversar com o seu médico”.

O especialista reforça a importância de evitar exposição solar, principalmente nos horários das 10 às 16h e sem proteção; cuidar da saúde bucal dentária, incluindo as próteses, com consultas periódicas ao dentista; praticar atividade física; ingerir uma alimentação saudável; controlar a obesidade; cuidar da mente e da espiritualidade e consultar periodicamente um médico, preferencialmente, um especialista, principalmente, nos casos de dúvidas ou alterações.

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